quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Educação e Mestre

Educação, tema vago, muito ligado à política eleitoreira, cuja sociedade, se torna permissiva e ao mesmo tempo, enganada, boiando na burocracia do dia-a-dia na cumplicidade dos dirigentes que nadam nas ondas da sua indiferença. Em cada um o ponto alto de seus interesses:

· Aos meios de comunicação – a mídia. 

· Aos políticos - o voto; à sociedade, o desengano de ver o tempo passar no sustentáculo de seus discursos cansativos. 

Uns mostram, outros rebatem; culpam-se também, uns aos outros no vazio de seus projetos. A iniciativa privada “neutra” reza convicta numa cartilha de humildes aplicações muito aquém do desejado, repassando apenas o que pode ser recuperado mais adiante. 

Constantemente, vêm à tona os artigos de nossa Constituição, onde se estabelecem os pontos de obrigações nunca levados à sério pelos nossos representantes dos três poderes da República. O certo é que estamos nos acostumando com essa velha discussão, longe dos ouvidos de quem deveria escutar. A mídia apressa-se em espelhar-se na educação coreana, cujo ponto de vista, levaria de quatro a cinco gerações para alcançar o mínimo de nossas aspirações, a começar pelo domínio da língua e o amor à Pátria elevado a um grau razoável de sinceridade. Nós vivemos de emoções momentâneas. Debruçamo-nos sobre elas, quando nos sentimos abatidos ou atingidos. Fazemos até passeatas, mas é por pouco tempo. Estes movimentos funcionam como um calmante ou um comprimido para dor de cabeça. Daí, continuamos lamentando até o próximo mal-estar.

O professor brasileiro segue transferindo seu orgulho, sem o mínimo de possibilidade que lhe proporcione um futuro mais condizente com a postura de mestre, em cujos ombros deveria recair a responsabilidade de mudar o destino da nação calcada na mentalidade de sua juventude. Um não sobrevive sem o outro; os dois caminham juntos rumo ao progresso do saber. Esta consciência se torna amadurecida ao somar-se a ela, o esforço da família. Quando chegará o tempo em que o mestre possa andar de peito erguido, com dignidade, ostentando a alegria do seu dia e a certeza da valorização da sua arte de ensinar? Esta é uma resposta nebulosa que imaginamos difícil dentro do nosso Sistema, porém, uma pretensão duradoura a cada ano que passa sem solução em médio prazo.

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