sexta-feira, 11 de maio de 2012

A organização da vida de estudos na universidade

Ao dar início a essa nova etapa de sua formação escolar, a etapa do ensino superior, o estudante dar-se-á conta de que se encontra diante de exigências específicas para a continuidade de sua vida de estudos. Novas posturas diante de novas tarefas ser-­lhe-ão logo solicitadas. Daí a necessidade de assumir prontamente essa nova situação e de tomar medidas apropriadas para enfren­tá-la. É claro que o processo pedagógico-didático continua, as­sim como a aprendizagem que dele decorre. No conjunto, po­rém, as suas posturas de estudo devem mudar radicalmente, embora explorando tudo o que de correto aprendeu em seus estu­dos anteriores.

Em primeiro lugar, é preciso que o estudante se conscientize de que doravante o resultado do processo depende fundamental­mente dele mesmo. Seja pelo seu próprio desenvolvimento psí­quico e intelectual, seja pela própria natureza do processo educa­cional desse nível, as condições de aprendizagem transformam­-se no sentido de exigir do estudante maior autonomia na efetiva­ção da aprendizagem, maior independência em relação aos subsí­dios da estrutura do ensino e dos recursos institucionais que ain­da continuam sendo oferecidos. O aprofundamento da vida ci­entífica passa a exigir do estudante uma postura de auto-ativi­dade didática que será, sem dúvida, crítica e rigorosa. Todo o conjunto de recursos que está na base do ensino superior não pode ir além de sua função de fornecer instrumentos para uma atividade criadora. 

Em segundo lugar, convencido da especificidade dessa situa­ção, deve o estudante empenhar-se num projeto de trabalho alta­mente individualizado, apoiado no domínio e na manipulação de uma série de instrumentos que devem estar contínua e permanente­mente ao alcance de suas mãos. É com o auxílio desses instrumen­tos que o. estudante se organiza na sua vida de estudo e disciplina sua vida científica. Este material didático e científico serve de base para o estudo pessoal e para a complementação dos elementos ad­quiridos no decurso do processo coletivo de aprendizagem em sala de aula. Dado o novo estilo de trabalho a ser inaugurado pela vida universitária, a assimilação de conteúdos já não pode ser feita de maneira passiva e mecânica como costuma ocorrer, muitas vezes, nos ciclos anteriores. Já não basta a presença física às aulas e o cum­primento forçado de tarefas mecânicas: é preciso dispor de um ma­terial de trabalho específico à sua área e explorá-lo adequadamente. 

1. OS INSTRUMENTOS DE TRABALHO 

A formação universitária acarreta quase sempre atividades práticas, de laboratório ou de campo, culminando no fornecimen­to de algumas habilidades profissionais próprias de cada área. Na­turalmente, as várias áreas exigem, umas mais, outras menos, essa prática profissional. Contudo, antes de aí chegar, faz-se necessário um embasamento teórico pelo qual responde, fundamentalmente, o ensino superior. Essa fundamentação teórica das ciências, das artes e das técnicas é justificativa essencial desse nível de ensino. E é por aí que se inicia a tarefa de aprendizagem na universidade. 

A assimilação desses elementos é feita através do ensino em classe propriamente dito, nas aulas, mas é garantida pelo estudo pessoal de cada estudante. E é por isso que precisa ele dispor dos devidos Instrumentos de trabalho que, em nosso meio, são fundamentalmente bibliográficos. . 

Ao dar início a sua vida universitária, o estudante precisa co­meçar a formar sua biblioteca pessoal, adquirindo paulatinamen­te, mas de maneira bem sistemática, os livros fundamentais para o desenvolvimento de seu estudo. Essa biblioteca deve ser especia­lizada e qualificada. As obras de referência geral, os textos clássi­cos esgotados, são encontrados nas bibliotecas das universidades, das várias faculdades ou de outras instituições. E, no momento oportuno, essas bibliotecas devem ser devidamente exploradas pelo estudante. O estudante precisa munir-se de textos básicos para o estudo de sua área específica, tais como um dicionário, um texto introdutório, um texto de história, algum possível tratado mais am­plo, algumas revistas especializadas, todas obras específicas à sua área de estudo e a áreas afins. Posteriormente, à medida que o cur­so for avançando, deve adquirir os textos monográficos e especia­lizados referentes à matéria. 

Esses textos básicos aqui assinalados têm por finalidade úni­ca criar um contexto, um quadro teórico geral a partir do qual se pode desenvolver a aprendizagem, assim como a maturação do próprio pensamento. Esses textos exercem, portanto, papel mera­mente propedêutico, situando-se numa etapa provisória de inicia­ção. Não se trata de maneira alguma de restringir o estudo aos manuais ou, pior ainda, às apostilas. Eles se fazem necessários, con­tudo, nesse momento de iniciação, sobretudo para complementar as exposições dos professores em classe, para servir de base de comparação com algum texto porventura utilizado pelos professo­res, enfim, para fornecer o primeiro instrumental de trabalho nas várias áreas, o vocabulário básico, os elementos do código das vá­rias disciplinas. Esses textos desempenham, pois, o papel de fon­tes de consultas das primeiras categorias a partir das quais se de­senvolverão os vários discursos científicos. Naturalmente, à medi­da do avanço e do aprofundamento do estudo, serão progressiva­mente substituídos pelos textos especializados, pelos estudos monográficos resultantes das pesquisas elaboradas pelos vários especialistas com os quais o estudante, deverá conviver por muito tempo. Numa fase mais avançada de seus estudos e, sobretudo durante sua vida profissional, esses textos formarão a biblioteca do estudante, lançando as linhas mestras do seu pensamento cien­tífico organicamente estruturado. Nesse momento, os textos introdutórios só serão utilizados para cobrir eventuais lacunas do processo seqüencial de aprendizagem. Frise-se, porém, que, na universidade, não se pode passar o tempo todo estudando apenas textos genéricos, comentários e introduções, embora, pelo menos nas atuais condições, iniciar o curso superior única e exclusiva­mente com textos especializados, sem nenhuma propedêutica teó­rica, seja um empreendimento de resultados pouco convincentes. Embora essa concepção de muitos professores universitários de­corra do esforço para criar maior rigor científico, tal prática não se recomenda como norma geral. Seus resultados históricos são, em alguns casos, brilhantes, mas foram obtidos com sacrifício de mui­tas potencialidades que se perderam neste salve-se-quem-puder que acaba agravando a situação de discriminação e de seleção de nosso ensino superior. O universitário deve poder passar por um encaminhamento lógico que o inicie ao pensar, por mais que o pro­fessor não goste de executar essa tarefa. Ao professor não basta ser um grande especialista: é preciso dar-se conta de que é também um professor e mestre, conseqüentemente, um educador inserido numa situação histórico-cultural de um país que não pode desco­nhecer. Isto não quer dizer que o professor sabe tudo: mas que deve saber, pelo menos, conduzir os alunos a descobrirem as vias de aprendizagem. O uso inteligente desses textos auxiliares não prejudicará, em hipótese alguma, a qualificação do ensino. 

A esta altura das considerações sobre os instrumentos de tra­balho de que o estudante universitário deve munir-se, é preciso dar ênfase às revistas, as grandes ausentes do dia-a-dia do trabalho acadêmico em nosso meio universitário. A assinatura de periódi­cos especializados é hábito elementar para qualquer estudante exi­gente. Tais revistas mantêm atualizada a informação sobre as pes­quisas que se realizam nas várias áreas do saber, assim como sobre a bibliografia referente às mesmas. Em algumas áreas, acompanham essas revistas repertórios bibliográficos, outro indispensável instru­mento do trabalho científico. A função da revista enquadra-se na vida Intelectual do estudante enquanto lhe permite acompanhar o desenvolvimento de sua ciência e das ciências afins. Com efeito, ao fazer o curso superior, o estudante é levado a tomar conheci­mento de todas as aquisições da ciência de sua especialidade, obti­das durante toda sua formação. Esse acervo cultural acumulado, porém, continua desenvolvendo-se dinamicamente. Por isso além de assimilar essas aquisições, deve. passar a seguir sua solução, que estaria a cargo dessas publicações periódicas. O mínimo que uma revista fornece são informações bibliográficas preciosas, além de resenhas e de outros dados sobre a vida científica e cultural. 

Deve ser igualmente estimulada entre os universitários, de ma­neira incisiva, a participação em acontecimentos extra-escolares, tais como simpósios, congressos, encontros, semanas etc. 

É impossível indicar neste livro todos os textos básicos im­portantes para as várias disciplinas. Em geral, os professores já fazem constar da sua programação essa bibliografia. Apesar de haver a mesma dificuldade a respeito das revistas, são assinala­dos, em anexo, alguns periódicos brasileiros, pertinentes a algu­mas áreas de nosso ensino superior, sem pretensão alguma de es­gotar a informação a esse respeito, para os estudantes deles toma­rem conhecimento e, eventualmente, passarem a assinar alguns que possam mais diretamente lhes interessar. 

Quando se fala aqui desses instrumentos teóricos especializa­dos, livros ou revistas, considerados como base para o estudo e pesquisa dos fatos e categorias fundamentais do saber atual, não se quer fazer apologia da hiperespecialização, hermética e isolada. Pelo contrário, a interdisciplinaridade é um pressuposto básico de toda formação teórica. As disciplinas não se isolam no contexto teórico: se o curso do aluno define o núcleo central de sua especia­lização, é de se notar que sua formação exigirá igualmente abertu­ra de complementação para áreas afins com o objetivo de ampliar o referencial teórico. Por isso é importante familiarizar-se com o material relativo a essas disciplinas afins. Assim, não só textos bá­sicos, mas também revistas de áreas complementares à da sua es­pecialização, devem, paulatina e sistematicamente, ser adquiridos, na medida do possível. 

Assim serão indicados em anexos, no final deste livro, alguns instrumentos de trabalho acessíveis ao estudante brasileiro. Ênfase especial será dada às revistas cujo uso mais sistemático e inten­sivo precisa ser instaurado no meio universitário. Também já exis­tem no Brasil alguns repertórios bibliográficos de boa qualidade, mas, em geral, pouco conhecidos e utilizados. O mesmo se diga dos di­cionários especializados, que, embora sejam traduções, na sua gran­de maioria são instrumentos de grande utilidade para o estudante universitário. 

Dentre os instrumentos para o trabalho científico disponíveis atualmente, cabe dar especial destaque aos recursos eletrônicos ge­rados pela tecnologia informacional. De modo especial, cabe refe­rir à rede mundial de computadores, a Internet, e aos muitos recursos comunicacionais da multimídia, como os disquetes e CD­ROMs. Também sobre o uso desses recursos se falará adiante, sub­sidiando o estudante para utilizá-Ios adequadamente. (p. 125-8) 

2. A EXPLORAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE TRABALHO 

Esse material didático científico deve ser considerado e trata­do pelo estudante como base para seu estudo pessoal, que complementará os dados adquiridos através das atividades de clas­se. Uma vez documentada a matéria abordada em aula, devem ser igualmente documentados os elementos complementares a essa ma­téria e que são levantados mediante a pesquisa feita sobre este material de base. É que muitos esclarecimentos só se encontram através desses estudos pessoais extraclasse. As técnicas e a prática da documentação são expostas no próximo capítulo. 

A documentação como prática do trabalho científico é a ma­neira mais adequada e sistemática de "tomar apontamentos". As informações colhidas nas aulas expositivas, nos debates em gru­po, nos seminários e conferências são assinaladas, num primeiro momento, de maneira precária e provisória, nos cadernos de ano­tações. Ao retomar, em casa, as anotações, o estudante submete-­las, á a um processo de correção, de complementação e de triagem após o qual serão transcritas nas fichas de documentação. Com efei­to, ao tomar notas durante uma exposição, muitas idéias acabam ficando truncadas: é preciso reconstruí-Ias. O contexto ajudará tanto mais que o que importa reter não é o texto da exposição do profes­sor, mas as idéias principais. 

Cabe lembrar que para tomar notas de uma aula, de uma pa­lestra, de um debate, não é preciso gravar a exposição nem taquigrafar o discurso feito, palavra por palavra. Não há, nesses casos, necessidade de registrar o texto integral da fala, pois tal ta­refa, além de difícil tecnicamente, atrapalha a concentração do ouvinte para pensar no que vem sendo dito. 

O que melhor se faz é ir registrando palavras ou expressões que traduzam conteúdos conceituais, geralmente categorias substantivas ou verbais. Portanto, vai-se registrando uma seqüência de categorias, sem a estruturação lógico-redacional explícita da frase. Não é preciso preocupar-se com a falta do texto completo nem com a ausência de muitos dos detalhes da exposição do professor ou do palestrante. É preferível e mais eficiente concentrar-se nas idéias fundamentais, procurando expressá-Ias mediante algumas catego­rias básicas e investir na compreensão, na apreensão das idéias do orador. 

Ao ir registrando essas categorias, deve-se separá-Ias por bar­ra transversal //. Ao retomar, em momento posterior, esses aponta­mentos, o ouvinte que esteve atento conseguirá recompor a síntese relevante do discurso, bem em cima do eixo essencial da reflexão. 

Tratando-se de dados objetivos ou de conceitos precisos que ficaram incompletos, é hora de recorrer aos instrumentos pessoais de pesquisa, às obras básicas de referência. Procura-se assim re­compor o texto, complementando-o com esclarecimentos pertinen­tes que vão ajudar a compreender melhor as informações presta­das. Recuperadas as informações, os elementos fundamentais, aqueles que merecem ser assimilados, são passados para as fichas de documentação, sintetizados pessoalmente pelo aluno. 

Observe-se que ao proceder assim o aluno está trabalhando de maneira inteligente e racional, realizando simultaneamente to­das as dimensões da aprendizagem. Em nenhum momento está preocupando-se com o "decorar", com o "memorizar”. Está tão ­somente pensando nas idéias que está manipulando. Está pensan­do à medida que se esforça para construir o sentido dos conceitos ou das idéias em jogo. Está ainda pesquisando, comparando, infor­mando-se. Através desse conjunto de atividades que envolve com o pensamento, facilitando as tarefas física e psíquicas do estudo, o aluno adquire maior familiaridade com o assunto por mais difícil e estranho que possa parecer à primeira vista. Ademais não é.pre­ciso esperar que domine já dessa feita todo o conteúdo e seus des­dobramentos. O próprio desenvolvimento do curso e esse sistema de documentação irão lhe proporcionar outras oportunidades para a retomada desses temas que, nas sucessivas apresentações, já es­tarão cada vez mais familiares. 

A orientação para a revisão da matéria vista em aula pode ser adaptada às outras situações criadas para o estudante no caso da participação do trabalho em grupo, da preparação do seminário e da elaboração do trabalho de pesquisa. Nessas situações, o pro­cedimento básico de estudo é o mesmo, apesar das diferenças de objetivo. O estudante analisa o material proposto fazendo as devi­das anotações sob forma de documentação. 

3. A DISCIPLINA DO ESTUDO 

Apesar da aparente rigidez desta proposta de metodologia de estudo, ela é, sem dúvida, a mais eficiente. Pressupõe um mínimo de organização da vida de estudos, mas, em compensação, torna­-se sempre mais produtiva. Em virtude de os universitários brasi­leiros, na sua grande maioria, disporem de pouco tempo para seus cursos e exercerem funções profissionais concomitantes ao curso superior, exige-se deles organização sistemática do pouco tempo disponível para o estudo em casa, indispensável para um aprovei­tamento mais inteligente do seu curso de graduação, com um mí­nimo de capacitação qualitativa para as etapas posteriores tanto numa eventual seqüência de seus estudos, como na continuidade de suas atividades profissionais definidas e oficializadas pelo seu curso. 

Não se trata de estabelecer uma minuciosa divisão do horário de estudo: o essencial é aproveitar sistematicamente o tempo dis­ponível, com uma ordenação de prioridades. Também não vem ao caso discutir as condições de ordem física e psíquica que sejam melhores para o estudo, muito dependentes das características pessoais de cada um, sendo difícil estabelecer normas gerais que acabam caindo numa tipologia artificial. 

Feito o levantamento do tempo disponível, predetermina-se um horário para o estudo em casa. E uma vez estabelecido o horá­rio, é necessário começar sem muitos rodeios e cumprí-Io rigoro­samente, mantendo um ritmo de estudo. Vencida a fase de aquecimento e seguindo as diretrizes apresentadas para a exploração do material neste e nos próximos capítulos, a produção do trabalho torna-se eficiente, fluente e até mesmo agradável. 

Tais diretrizes são aplicáveis igualmente ao estudo em grupo. Uma vez reunidos no horário combinado, os elementos do grupo devem desencadear o trabalho sem maiores rodeios, definindo-se as várias tarefas, as várias etapas a serem vencidas e as várias for­mas de procedimento. 

Quando o período de estudo ultrapassar duas horas, faz-se regra geral um intervalo de meia hora para alteração· do ritmo de trabalho. Esse intervalo também precisa ser seguido à risca. 

Recomenda-se distribuir um tempo de estudo para os vários dias da semana, com objetivo de revisara matéria ou preparar au­las das várias disciplinas nos períodos imediatamente mais próxi­mos às suas aulas. Caso haja necessidade de um período maior de concentração, a distribuição do tempo para as várias matérias le­vará em conta a carga de trabalho de cada uma e o grau de dificul­dade das mesmas. 

CONCLUSÃO

Para acompanhar o desenvolvimento do seu curso, o aluno deve preparar e rever aulas. O cronograma de estudo possibilita ao aluno maior proveito da aula, seja ela expositiva, um debate ou um seminário.
Tratando-se de aula expositiva, até a tomada de apontamentos torna-se mais fácil, dada a familiaridade com a matéria que está sendo exposta; conseqüentemente, há melhores con­dições de selecionar o que é essencial e que deve ser anotado/evi­tando-se a sensação de "estar perdido" no meio de informações aparentemente dispersas. Tratando-se de seminários ou debates, mais necessária se faz ainda a preparação prévia do que se falará ulteriormente. 

A revisão da aula situa-se como a primeira etapa de persona­lização da matéria estudada. É o momento em que se retomam os apontamentos feitos apressadamente durante a aula e se dá acaba­mento aos informes, recorrendo-se aos instrumentos complemen­tares de pesquisa, após uma triagem dos elementos que passarão definitivamente para as fichas de documentação. Não há necessidade, neste momento, de decorar os apontamentos: basta transcrevê-Ios pensando detidamente sobre as idéias em causa e buscando uma compreensão exata dos conteúdos anotados. Rever essas fichas como preparação da aula seguinte é medida inteligente para o paulatino domínio de seu conteúdo. 


SEVERINO, Antonio Joaquim. A organizacão da vida de estudos na universidade. In: _______. Metodologia do Trabalho Cientifico. 22ed. São Paulo: Cortez, 2002. Cap 1. p.23-33. 

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