quarta-feira, 27 de junho de 2012

Educação: um desafio social


Marideise Silva Presende


É na educação que está contida a solução para uma sociedade justa e igualitária. Investir na educação é colher paz e igualdade para todos.

RESUMO: O grande desafio social da atualidade é a educação. O desprezo e desrespeito diante deste segmento é ameaçador. Sabemos que uma sociedade se faz com educação, que este é o principal instrumento de desarticulação da alienação estabelecida por interesses políticos, sociais e econômicos. É hora de agir, é imprescindível lutar por um ensino de qualidade, é indispensável investir na valorização do profissional em educação, só assim teremos uma sociedade justa e igualitária.

Palavras chaves: Educação, valorização, professor, cidadão, desafio.

INTRODUÇÃO

Não tem como pensar em educação sem conjeturar uma visão de transformação social, sem considerar a valorização do profissional em educação, sem questionar o real valor da educação para uma sociedade justa, sem realçar o ideal de poder social diante das classes menos favorecidas, sem analisar o real interesse da classe dominante em manter um ensino de baixa qualidade, mascarada, pautada em gráficos e índices desleais, sem levar em consideração a importância que o ensino de qualidade pode contribuir para o desenvolvimento e crescimento do país.

Atualmente a educação faz parte de uma superestrutura de controle empregada pelas classes dominantes, assim está classe dominante cria uma falsa consciência que, induz a classe dominada, ou seja, a atual sociedade, que tudo vai bem, que a educação nunca esteve melhor, apresenta índices fantasiosos, que enchem os olhos dos ignorantes e alienados.

Buscamos uma educação socializada e igualitária para todos os cidadãos, por isso, não podemos fechar os olhos para o grande número de alunos analfabetos funcionais, egressos do ensino médio das escolas públicas.

Como explicar que alunos com histórico pautado em escolas públicas não frequentem universidades públicas; como entender que as universidades públicas concentram um número absurdo de alunos oriundos de escolas particulares; como compreender que num país onde a população paga tantos impostos, na verdade um dos maiores no mundo, concentra tamanha desigualdade, alunos fora de sala de aula, professores doentes, estafados, trabalhado três turnos para garantir o sustento de sua família.

Como explicar! Como entender! Como compreender tamanha disparidade se, sabemos que é na educação que está contida a solução para uma sociedade justa. Investir na educação é colher paz e igualdade para todos.

Esta realidade é no mínimo, confusa, intrigante. Pois bem, é nesta intrigante realidade que vemos nossos jovens (brancos, negros, índios, porém, pobres) fora das universidades públicas, mas... dentro de uma realidade lamentável!

O Brasil apareceu na 71° posição do ranking da Organização para as Nações Unidas para a Educação Ciência Cultura (UNESCO) que avalia o desempenho educacional de 121 países com base no cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação (IDE), este índice é alcançado pela soma de dados da alfabetização, matrícula na escola primária, qualidade na educação e paridade de gênero na escola.

Quando pensamos em educação pública, pelo menos em outros lugares do mundo, pensamos em mudanças, em oportunidades, em transformação de uma sociedade. Se as escolas públicas proporcionassem uma educação de qualidade, teríamos, assim, uma disputa leal entre nossos jovens, seja ele rico ou pobre!

É necessário! É urgente, priorizar a educação, proporcionar um ensino de qualidade, garantir aos profissionais em educação entusiasmo, orgulho, realização profissional, condições físicas, psicológicas e financeiras para o professor buscar, cada vez mais, novos conhecimentos e tecnologias, garantindo o desenvolvimento desta nação que é, por natureza, mãe gentil, que abriga em suas entranhas uma gente trabalhadora, honesta, sofrida, porém feliz, merecedora de um país melhor.

Não podemos conceber educação com a estrutura degradante que temos hoje. Vivemos um caus. Assistimos com indignação, perplexos, irresolutos, a colheita dos frutos que estamos plantando, testemunhamos, todos os dias, o colapso da família, a extermínio da infância, a corrupção da juventude, o desprezo pelos ideais morais e éticos da nossa sociedade. Até quando?

Até quando vamos observar pacíficos, quietos, nossos filhos com uma instrução diferenciada, desvalorizada mentirosa, uma escola decadente, subdesenvolvida, desinteressante, cansativa. Até quando vamos assistir calados, nossos filhos perecendo nas mãos de traficantes, afastados da escola, fora das disputas no mercado de trabalho. Até quando permitiremos o colapso do magistério.

É chegada a hora de apontar responsabilidades, de deixar claro o compete a quem. Qual a função de cada segmento, porque o que vemos com bastante clareza é que poucos estão empenhados, verdadeiramente, nesta empreitada. A busca, desesperada, por mudanças não podem ser feitas apenas de dentro para fora.  A solução esta num trabalho em conjunto, numa parceria entre governo, escola, família e sociedade, desta forma, haverá transformações significantes no nosso sistema educacional e consequentemente na sociedade em geral.

Ao governo cabe a obrigação de garantir a integridade e a qualidade da educação brasileira; à família compete o comprometimento, o interesse em educar, o de apoiar, polir e acompanhar o crescimento de nossas crianças; ao professor o empenho, o dever de ensinar, de informar, de transmitir conhecimentos, de tutorear o crescimento intelectual do aluno e por último, mas tão importante quanto, a sociedade, compete a ela o amparo, cooperação, a contribuição para que este trabalho seja desenvolvido. Assim, em conjunto, vamos corroborar para o crescimento desta terra tão gentil.

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