Marideise Silva Presende
É na educação que está contida a solução para uma
sociedade justa e igualitária. Investir na educação é colher paz e igualdade
para todos.
RESUMO: O grande desafio social da
atualidade é a educação. O desprezo e desrespeito diante deste segmento é
ameaçador. Sabemos que uma sociedade se faz com educação, que este é o
principal instrumento de desarticulação da alienação estabelecida por
interesses políticos, sociais e econômicos. É hora de agir, é imprescindível
lutar por um ensino de qualidade, é indispensável investir na valorização do
profissional em educação, só assim teremos uma sociedade justa e igualitária.
Palavras chaves: Educação, valorização,
professor, cidadão, desafio.
INTRODUÇÃO
Não tem como pensar em educação sem
conjeturar uma visão de transformação social, sem considerar a valorização do
profissional em educação, sem questionar o real valor da educação para uma
sociedade justa, sem realçar o ideal de poder social diante das classes menos
favorecidas, sem analisar o real interesse da classe dominante em manter um
ensino de baixa qualidade, mascarada, pautada em gráficos e índices desleais,
sem levar em consideração a importância que o ensino de qualidade pode contribuir
para o desenvolvimento e crescimento do país.
Atualmente a educação
faz parte de uma superestrutura de controle empregada pelas classes dominantes,
assim está classe dominante cria uma falsa consciência que, induz a classe
dominada, ou seja, a atual sociedade, que tudo vai bem, que a educação nunca
esteve melhor, apresenta índices fantasiosos, que enchem os olhos dos
ignorantes e alienados.
Buscamos uma educação
socializada e igualitária para todos os cidadãos, por isso, não podemos fechar os
olhos para o grande número de alunos analfabetos funcionais, egressos do ensino
médio das escolas públicas.
Como explicar que alunos
com histórico pautado em escolas públicas não frequentem universidades
públicas; como entender que as universidades públicas concentram um número
absurdo de alunos oriundos de escolas particulares; como compreender que num
país onde a população paga tantos impostos, na verdade um dos maiores no mundo,
concentra tamanha desigualdade, alunos fora de sala de aula, professores
doentes, estafados, trabalhado três turnos para garantir o sustento de sua
família.
Como explicar! Como
entender! Como compreender tamanha disparidade se, sabemos que é na educação
que está contida a solução para uma sociedade justa. Investir na educação é
colher paz e igualdade para todos.
Esta realidade é no
mínimo, confusa, intrigante. Pois bem, é nesta intrigante realidade que vemos
nossos jovens (brancos, negros, índios, porém, pobres) fora das universidades
públicas, mas... dentro de uma realidade lamentável!
O Brasil apareceu na
71° posição do ranking da Organização para as Nações Unidas para a Educação
Ciência Cultura (UNESCO) que avalia o desempenho educacional de 121 países com
base no cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação (IDE), este índice é
alcançado pela soma de dados da alfabetização, matrícula na escola primária,
qualidade na educação e paridade de gênero na escola.
Quando pensamos em
educação pública, pelo menos em outros lugares do mundo, pensamos em mudanças,
em oportunidades, em transformação de uma sociedade. Se as escolas públicas
proporcionassem uma educação de qualidade, teríamos, assim, uma disputa leal
entre nossos jovens, seja ele rico ou pobre!
É necessário! É
urgente, priorizar a educação, proporcionar um ensino de qualidade, garantir
aos profissionais em educação entusiasmo, orgulho, realização profissional,
condições físicas, psicológicas e financeiras para o professor buscar, cada vez
mais, novos conhecimentos e tecnologias, garantindo o desenvolvimento desta
nação que é, por natureza, mãe gentil, que abriga em suas entranhas uma gente
trabalhadora, honesta, sofrida, porém feliz, merecedora de um país melhor.
Não podemos conceber educação
com a estrutura degradante que temos hoje. Vivemos um caus. Assistimos com
indignação, perplexos, irresolutos, a colheita dos frutos que estamos plantando,
testemunhamos, todos os dias, o colapso da família, a extermínio da infância, a
corrupção da juventude, o desprezo pelos ideais morais e éticos da nossa
sociedade. Até quando?
Até quando vamos observar
pacíficos, quietos, nossos filhos com uma instrução diferenciada, desvalorizada
mentirosa, uma escola decadente, subdesenvolvida, desinteressante, cansativa. Até
quando vamos assistir calados, nossos filhos perecendo nas mãos de traficantes,
afastados da escola, fora das disputas no mercado de trabalho. Até quando
permitiremos o colapso do magistério.
É chegada a hora de
apontar responsabilidades, de deixar claro o compete a quem. Qual a função de
cada segmento, porque o que vemos com bastante clareza é que poucos estão
empenhados, verdadeiramente, nesta empreitada. A busca, desesperada, por
mudanças não podem ser feitas apenas de dentro para fora. A solução esta num trabalho em conjunto, numa
parceria entre governo, escola, família e sociedade, desta forma, haverá transformações
significantes no nosso sistema educacional e consequentemente na sociedade em
geral.
Ao governo cabe a
obrigação de garantir a integridade e a qualidade da educação brasileira; à
família compete o comprometimento, o interesse em educar, o de apoiar, polir e
acompanhar o crescimento de nossas crianças; ao professor o empenho, o dever de
ensinar, de informar, de transmitir conhecimentos, de tutorear o crescimento
intelectual do aluno e por último, mas tão importante quanto, a sociedade,
compete a ela o amparo, cooperação, a contribuição para que este trabalho seja
desenvolvido. Assim, em conjunto, vamos corroborar para o crescimento desta terra
tão gentil.
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