Ruth Guimarães
De onde surgiu tão depressa essa questão do plebiscito para o desarmamento? Por quê não nos ensinaram, primeiro, como portar uma arma, como usá-la, como nos defendermos com uma arma, como legalizar o porte de armas, como cuidar para que as crianças e os desavisados nunca a alcancem? Sabe-se que certo país, que nunca foi invadido, não tem exército, nem soldados aquartelados. Cada cidadão é treinado em atividades marciais e aí vai pra casa levando a sua arma. Em casos extremos, esses cidadãos, treinados, estão prontos em doze horas.
De onde surgiu tão depressa essa questão do plebiscito para o desarmamento? Por quê não nos ensinaram, primeiro, como portar uma arma, como usá-la, como nos defendermos com uma arma, como legalizar o porte de armas, como cuidar para que as crianças e os desavisados nunca a alcancem? Sabe-se que certo país, que nunca foi invadido, não tem exército, nem soldados aquartelados. Cada cidadão é treinado em atividades marciais e aí vai pra casa levando a sua arma. Em casos extremos, esses cidadãos, treinados, estão prontos em doze horas.
Não nos ensinaram coisa alguma. Mas, de acordo com a nossa etnia, temos uma longa experiência, em arcos e flechas.
Cabe aqui a pergunta: A quem interessa o nosso desarmamento?
Somos um país rico, é verdade. Quem jamais nos ensinou como devemos usar, preservar e defender de assaltos as nossas minas, as nossas selvas, o nosso ouro, o nosso urano. Com todas as fronteiras abertas, desguarnecidas, temos somente a coragem, grandes espaços, populações desarmadas.
A quem interessa o nosso desarmamento?
Dirão que, conforme as estatísticas a maioria dos crimes com arma de fogo, dolosos ou culposos, a maioria, vejam, não é cometida por bandidos, mas por aqueles cidadãos que não sabem nem de que lado se pega um revólver. Então a providência não é desarmar esse cidadão, é armá-lo de tantos valores que nos faltam, cidadania entre outros, coragem, liberdade, educação.
Compreendo que os poderes estejam tão confiantes na ação do desarmamento, até irem a o ponto de gastar um dinheirão, que não temos, para fazê-lo. Mas a ação deveria ser completa. Por quê não estendemos a ação proibitiva para as outras armas? : faca de cozinha, facão de mato, enxada, foice, cordão de amarrar sapato, chaleira de água fervendo, carros, bicicletas, veneno de rato, travesseiros de sufocar. E que dizer das armas do corpo? das mãos, dos pés, das cabeçadas?
Depois de votarmos pelo desarmamento, os milagres acontecerão? Serão tomadas providências sobre as prioridades? Ou apenas acrescentaremos um item ao que já temos, ou melhor, não temos? Pois que, então: doentes, analfabetos, abandonados, ignorantes, inseguros, desempregados e desarmados.
Mas pelo menos que nos elucidem: quem se aproveitará do nosso desarmamento?
Ninguém pediu ao povo brasileiro um sim ou não para o Mensalão nem para a qualidade da merenda escolar, que se resolve por umas bolachas duras e um suco feito de um pozinho sem-vergonha. Mas tudo bem, vamos concordar mais uma vez. Faremos tudo que o nosso senhor e mestre mandar. Vamos esquecer o México, o Haiti, o Iraque e ficar concentrados no nosso por enquanto Brasilzão. Vamos vencer no drible (pois que somos o país do Futebol), o dragão, os marcianos, as bombas nucleares e outros que tais. Sem esperar pelo Super-Man, de que Deus nos livre!
Enquanto esperamos para ver quem lucra com o desarmamento, como somos o país do jeitinho (também entre outras coisas), vamos intensificando a nossa produção de estilingues.
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